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ESPERO QUE ESTE BLOG CONTRIBUA PARA EFETIVARMOS UM DEBATE SOBRE O ESTADO DE RORAIMA. ACREDITO QUE SÓ AS PALAVRAS VINCULADAS A AÇÃO DA SOCIEDADE PODE TRANSFORMAR A REALIDADE EXCLUDENTE QUE VIVENCIAMOS NESTE LAVRADO DE MACUNAÍ'MA

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Encerra-se 2011!

Não posso iniciar este texto sem antes desejar a todas e todos, um ano novo de muita força, paz e saúde para superar os limites impostos a nossa vida pelo sistema opressor que busca nos aniquilar como comunidade, ou melhor, seres humanos. Enquanto o Brasil avança – aos trancos e barrancos – mais avança incluindo novas pessoas no âmbito do sistema, garantindo cidadania e promovendo a valorização do ser humano. Nosso Estado patina sobre a ineficiência de nossos gestores. Infelizmente a principal batalha não acontece no campo da promoção do ser humano. Mas sim nos tribunais para sabermos qual grupo político – o capitaneado pelo PSDB que governa o Estado ou o capitaneado pelo PP que governa a Prefeitura – irá ter o direito de governar o grande Roraima até 2014. Essa letargia administrativa fomenta uma estagnação que nos leva a refletir qual caminho queremos para nossa sociedade nos próximos anos. Sei que muitos me chamam de utópico, mas permitiremos a continuidade destes que aí se encontram. Desde a revolução burguesa ocorrida no século XIX o processo político domina as vidas de cada cidadão ou cidadã, esteja ou não incluído na divisão internacional do trabalho, mas, o único componente claro é a política que consiste no motor propulsor das mudanças almejadas pelas pessoas. Portanto é imperioso que comecemos a refletir. Pois a reflexão é a chave para a busca de caminhos seguros, nos oportunizando compreender a realidade – já bradavam os filósofos gregos. Infelizmente nossa realidade é dura! Nossos atuais gestores – incluo aqui as três esferas de governo – não sabem o que fazer com o imenso Roraima. Assim devemos trilhar nosso caminho. Rompendo inicialmente com a oligarquia que se perpetua no poder político – pois gafanhotos e beija-flores – apesar de animais importantes no ecossistema – não podem representar nossos interesses. Meu amigo Jessé foi sapiente ao notar os protestos contra corrupção orquestrada pelos promotores do esquema gafanhoto na década passada. Não são essas pessoas que soam literalmente como salvadores, mas, integram uma mesma elite política que mantém o Estado a serviço de seus interesses pessoais. Nosso rompimento consiste inicialmente na reformulação de nossas lideranças, na construção de novos caminhos que precisam ser perseguidos, a fim de alcançarmos novos horizontes que possa reluzir a alegria de cada homem e mulher que geram a riqueza humana de nosso povo. Assim caminha Roraima – como dizia um velho amigo de João Pessoa ao leu. Não nos apresentam nada de concreto. Como distribuiremos renda? Como geraremos emprego? Como melhoraremos nossa Educação? Como avançaremos com os serviços de saúde? Como diminuiremos a buraqueira de nossas ruas? Como diminuiremos o número de homicídios? Como construiremos uma sociedade mais justa? Não conseguimos respostas a nada. O único espaço concreto que podemos perceber é nossa administração pública ser confiscada por interesses privados. Lógico que esse processo não é de hoje, pois se estabelece desde que se criou o município de Boa Vista do Rio Branco. A longa data de opressão e descaso nos leva a situação de hoje – um completo abandono administrativo. Portanto devemos mudar nossa atitude como homens e mulheres que formam o coletivo social que gera a riqueza de nosso Estado. Caso contrário o ano novo não virá literalmente as nossas vidas, pois, estaremos como disse Raul Seixas – sentados com a boca cheia de dentes esperando a morte chegar – eu acredito que nossa força é orgânica e pode resultar em passos decisivos rumo a mudança da realidade roraimense. Assim precisamos de um 2012, onde, as entidades representativas do povo coloquem a política na ordem do dia. Pautemos nossos governantes. Definamos ações coletivas. Caminhemos em torno da queda da “bastilha” que nos impõe grilhões que impedem nosso andar como formadores de conhecimento. Enquanto não nos libertarmos de nossas algemas e retirarmos nossas mordaças estaremos observando está dura realidade. A união do trabalho com o capitalista progressista deve constituir em Roraima como o início de um caminho, apesar das visões de mundo divergentes e contraditórias. Necessitamos, em Roraima, de uma ampla aliança em torno de um projeto político que contemple a transformação de nossa realidade. Assim, propomos uma matriz de diálogo que pode estabelecer um caminho que são: Democratização do Estado e suas instâncias de gestão; fortalecimento da economia primária com início da industrialização da produção; prioridade na garantia de serviços de educação, saúde e transporte; valorização da cultura e do esporte como caminho de superação no enfrentamento das drogas e do álcool; respeito às minorias étnicas e ao meio ambiente; desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda. Para nós comunistas devemos focar os próximos 10 anos nesta pauta para começarmos a modificar nossa realidade, ou, estaremos fadados a observarmos larápios do dinheiro público portando-se como salvadores do Estado – e a exemplo de outros momentos históricos transformando nosso Estado num grande feudo familiar. Devemos abrir nossos olhos, sairmos da caverna, encarar as atribulações e construirmos nossa estrada. Espero que possamos ter um novo ano de mudanças e transformações. Um forte abraço a todos e todas.