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ESPERO QUE ESTE BLOG CONTRIBUA PARA EFETIVARMOS UM DEBATE SOBRE O ESTADO DE RORAIMA. ACREDITO QUE SÓ AS PALAVRAS VINCULADAS A AÇÃO DA SOCIEDADE PODE TRANSFORMAR A REALIDADE EXCLUDENTE QUE VIVENCIAMOS NESTE LAVRADO DE MACUNAÍ'MA

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A vitória é de cada uma das brasileiras

Nestes mais de 100 anos de República, o Brasil, têm muito a comemorar. 1º mais uma passagem democrática do poder político central do país, após o fim da ditadura em 1984; 2º a continuidade de um governo que troxe avanços significativos a sociedade, apesar de manter uma política econômica que ainda impedem uma pujança maior da distribuição da riqueza. Mas, o grande fator é a chegada de uma mulher, com formação marxista, ao poder central do Brasil.
A vitória da Presidente Dilma, significará um grande avanço político para nossas brasileiras, ainda hoje, excluídas do processo político do páis, basta vermos o número de mulheres detentoras de mandato, infimo em relação a sua participação na sociedade brasileira.
Espero que esse novo momento levem, cada vez mais mulheres, a pleitearem cargos políticos, a fim de rompermos com essa cultura machista que enfrentamos em nosso país. O olhar carinhoso e o cuidado que só as mulheres possuem podem oportunizar um novo tempo para o Brasil.
É preciso crecermos com justiça social, distribuição de renda, mais principalmente rever marcos administrativos que dificultam o exercício da construção de um país mais justo e socialmmente iqualitário. Desta forma nossa presidente terá a tarefa de fazer a reforma tributária desonerando as folhas de pagamentos e os principais produtos de consumo de massa, bem como terá o papel de apresentar e articular uma reforma política que mude as atuais regras eleitorais, mas, oportunize uma maior participação do povo brasileiro nas instâncias de debates, ou seja o parlamento.
Nossa saúde necessita também de um carinho especial, sem que destruamos o SUS. É necessário a aprovação da emenda constitucional 29, bem como um financiamento mais forte da nação na organização e financiamento da atenção básica nos pequenos municípios, ao passo que é necessário organizar o acesso aos serviços de média complexidade, área históricamente defassada no tocante a organização e financiamento, por ter por anos a fio ter sido deixado como o nicho da especulação privada na área da saúde.
Outras demandas são importantes como a copa e as olímpiadas que podem possibilitar um invastimento em infra-estrutura importante para o país, no tocante a melhor organização do espaço urbano, da locomoção e da geração de empregos.
Mas neste momento e olhando os grandes desafios que teremos pela frente saudamos as mulheres brasileiras pela conquista de um mandato num ambiente imbecilmente e majoritariamente ocupado por nós homens. Um governo exitoso cara Dilma. Bom dia.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PC DO B conquista uma vaga na assembleia legislativa de Roraima

Um dos principais fatos oriundos da eleição de 2010, no reacinário e oliquárquico Estado de Roraima, foi a eleição de um representante do PC do B. Soldado Sampaio, nome do novo deputado classista, é oriundo do Estado do Pará, filho de agricultor, vem para Roraima e passa a integrar, via concurso, a coorporação dos Policiais Militares, onde assume a liderança frente a política coronelesca, resquício da ditadura militar que norteiam nossos servidores de fardas.
Essa luta política levou a consolidação da ABPM ( Associação dos políciais e bombeiros militares) que foi responsável por um amplo movimento democrático, realizado em 2009, que exigia mudanças na estrutura hierarquica, melhores condições de trabalho e garantias salarias e de benefícios.
A consolidação desta base levou a uma candidatura classista que unificou as armas do Estado e o PC do B, em torno de um projeto eleitoral que buscava garantir um representante da classe trabalhadora no parlamento estadual.
A vitória é do povo trabalhador e da sociedade em geral de Roraima que consolidou um espaço de representação parlamento em um dos Estados mais conservadores do Brasil, norteado pela eleição de grupos empresariais que utilizam a estrutura do Estado para benefício de suas estruturas empresariais e familiares.
O trabalho apenas inicia-se. Porém com muita força. A fim de garantir as vozes progressistas nesta assembleia há anos servindo de caixa de ressonância de interesses particulares. Juntos constriremos um caminha da classe trabalhadora de Roraima.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A candidatura do Soldado Sampaio consolida-se como uma viabilidade para a classe trabalhadora

Sampaio surge´definitivamente na política Roraimense após liderar os soldados de Roraima frente ao abandono que se encontra a Polícia Militar. a principal defesa dar-se em torno de um Estatuto, de melhores condições de trabalho e de segurança, bem como, melhores salários, além da garantia de recebimento da aposentadoria e pensão aos familiares. Estas bandeiras levaram cerca de três centenas de roraimenses a levantarem suas bandeiras e lançarem palavras de ordem que ecoam hoje na possibilidade de eleger o primeiro trabalhador/sindicalista a assembleia legislativa de Roraima.
O candidato a Dep. Estadual Soldado Samapio, 65190, possui uma identificação de classe que o aproxima a cada dia do projeto político eleitoral do PC do B. Projeto calcado em levar a assembleia legislativa a voz da classe trabalhadora e de todos os oprimidos historicamente em nosso Estado. O crescimento da candidatura de Sampaio sustenta-se no conhecimento e na necessidade daq classe trabalhadora, mais também, na adesão diária de lideranças lojistas e setores empreendedores da classe média, em virtude da problemática da segurança que vivemos.
A renovação da casa do povo será grande, levaremos novas pessoas, nem todas com novas idéias, mais alguns comprometidos com a justiça social, a geração de emprego com distribuição de renda, condições adequadas de trabalho aos servidores civis e militares, a uma educação de qualidade e um sistema local de saúde que funcione. Assim estaremos começando a mudar o quadro representativo, ocupado historicamente nos últimos 20 anos por representantes da elite local, que pouco contribuiu para melhoria da qualidade de vida do povo do nosso Estado.
2010! representa a continuidade (com devidos aprofundamentos na política nacional). Representará para Roraima o início de um caminho sustentável e seguro, onde o PC do B participará efetivamente como sustentáculo do novo tempo democrático e includente que se abrirá em Roraima.
Um forte abraço a todos e todas

sábado, 21 de agosto de 2010

A candidatura progressista do 123 sobe 10 pontos em Boa Vista

Segundo informações dos institutos de pesquisa de opinião do Estado a nossa candidatura subiu extraordinariamente em Boa Vista. Em avaliação realizada pela coordenação de campanha esse movimento do eleitor e eleitora da capital é fruto da intensificação do contato dos candidatos Telmário Mota e Fábio Almeida com os cidadãos e cidadãs.
Roraima a anos possui como representantes no senado pessoas que não possuem o compromisso em buscar resolver os principais problemas que afligem a população de Roraima. Desta forma a mudança faz-se necessária, e o conjunto da sociedade tem a oportunidade de eleger um filho de Roraima e uma representação da classe trabalhadora para o senado federal.
Defendemos que a geração de emprego e a distribuição de renda dar-se-á necessariamente em um primeiro momento na organização e fortalecimento da agricultura familiar e da micro e pequena empresa.
Na educação além da defesa dos trabalhadores por melhores condições de trabalho e remun eração, estaremos lutando para implantar em Roraima a escola integral, atitude tomada mais descartada posteriormente pelos governos estaduais que passaram.
No campo da saúde pública iremos fortalecer as instâncias de controle social, bem como levantar a bandeira da descentralização dos serviços de saúde de média complexidade para os bairros mais afastados do centro da cidade e para os municípios do interior, garantindom o acesso universal e integral preconizado na lei 8080/90.
Enfim andamos diariamente das 5h as 23h são 18h de trabalho em contato direto com o eleitor. Lutamos contra estruturas econômicas que baseiam suas ações em cabos eleitorais, nós baseamos no diálogo direto e com isso temos dado sustância, junto com os apoiadores, para que o filho de uma empregada doméstica e de uma professora, ambos trabalhadores possam ter a oportunidade de mostrar que ainda existem pessoas sérias e comprometidas com o desenvolvimento humano e social dos roraimenses.
Juntos e de mãos dadas a classe trabalhadora, os jovens, as mulheres irão ao lado de Telmário e Fábio ganhar uma eleição para coletividade do nosso povo. Um bom dia a todos. Vamos juntos mutiplicar esse voto progessista.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Uma fala sem sustentação

O candidato a governo do PP que governou o Estado entre 1994 e 2002 deu uma entrevista local dizendo que não houve greves durante o seu governo. Claro! como poderiamos ter movimentos paredistas se 90% dos servidores tinham seus contratos firmados de forma precária, enfim, sem a realização de concurso público. Desta forma não podia o servidor fazer greve, pois seria demitido pelo governo antidemocrático do ex-governador do PP.
Vamos dar um basta nessa enganação que fez com que Roraima estagna-se em vários setores, principalmente na consolidação do Estado, principalmente na sáude pública que foi privatizada durante os anos de 1996 a 2000. Não ao retrocesso.
SOS - SUL DE RORAIMA

A candidatura progressista ao Senado Federal - 123 - visitou entre os dias 12 e 15 de agosto os municípios de Caroebe, São João da Baliza, São Luíz do Anuá e Rorainopólis, bem como as vilas destas cidades. Podemos observar a necessidade que os trabalhadores e trabalhadoras que geram a riqueza deste estado têm de possuir uma representação que busque a melhoria de qualidade de vida destes roraimenses.
A escuridão, os buracos nas vias urbanas, a falta de emprego, o abandono da agricultura familiar, enfim necessita-se de vozes que defenda melhor qualidade de vida, priorizando a geração de emprego e distribuição de renda, além de um mandato popular que possa junto com a comunidade priorizar a solução destes problemas urbanisticos que afligem suas vidas.
Vamos juntos construir este mandato popular para caminhar rumo a um futuro includente e de respeito aos cidadãos e cidadãs de nosso Estado.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Uma mulher indígena na Câmara de Deputados

O Estado de Roraima têm a oportunidade de eleger pela primeira vez uma mulher indígena à câmara de deputados. Jane Alice atualmente exerce o cargo de vereadora no município de Pacaraima, e busca a possibilidade de eleger-se para representar seu povo e a classe trabalhadora de Roraima.
Para alcançar o êxito da vitória necessitamos de 6.000 votos. Mesmo lutando contra o poder econômico da oligarquia política do Estado, temos a esperança de juntos conquistarmos esta vitória para a classe trabalhadora e para os povos indígenas do Brasil.
Nossa candidata atual politicamente na base dos professores indígenas do Estado, onde exerce suas atividades profissionais, lecionando para alunos do ensino fundamental e médio, na comunidade de Sorocaima. A mudança é parte de um processo de transformação e em Roraima esse processo inicia-se com a eleição de uma mulher indígena, ao cargo de Deputada Federal. Você, eu e todos nós de mãos dadas e muita coragem podemos dizer um sim a SERIEDADE E COMPROMISSO e um não ao abuso do poder econômico e a corrupção. 6544 é o número do início da transformação que a sociedade, principalmente os trabalhadores, tanto almeja.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Roraima - Eleições 2010

Estamos prestes a começar mais uma disputa eleitoral, em nosso Estado. Roraima, estado mais novo da federação, passará por mais um processo de questionamentos. Necessitamos porém compreender que eleger é definir caminhos. Rumos que podem possibilitar uma melhor qualidade de vida ou apenas dificultar nosso caminhar, através da corrupção, da falta de emprego, do abandono do Estado.
Nós trabalhadores necessitamos dar um basta ao processo de exploração e espoliação que o coletivo de representantes submete a classe trabalhadora e as centenas de famílias que são obrigadas a sobreviver de programas sociais.
Debater e cobrar propostas concretas na área de emprego, educação e saúde são vitais para o nosso desenvolvimento humano. Mas setores importantes como cultura, meio ambiente e lazer não podem passar em branco.
Felizmente com a Lei conhecida como ficha limpa algumas das principais raposas de nosso Estado estarão fora do processo. Esperamos que o coletivo dos explorados por este sistema falido possam dar um basta. BASTA DE ABANDONO E MENTIRAS.

sábado, 8 de maio de 2010

Plano de desenvolvimento econômico?

Em matéria publicada ontem na folha de Boa Vista podemos observar que o Estado de Roraima, iniciou a elaboração de um plano de desenvolvimento para nós roraimenses.
Importante destacar, pelo que consta na matéria, a intenção de vincular a ZPE e o Distrito Industrial (que poderia ser incorporado pela futura ZPE) as potencialidades da região. Quais as potencialidades? É necessário compreender que o potencial inicial deve ser visto no reordenamento e no fortalecimento do setor primário da economia.
Concordo que a regularização fundiária. Importantíssima para o caminhar de qualquer proposta de desenvolvimento. Trará um amparo legal aos investidores e assentados. Porém, é necessário desenhar um amplo movimento de organização dos serviços básicos. Ou seja, precisa-se desenvolver uma infra-estrutura em torno da saúde pública e da educação.
Nossas vicinais estão a cada dia compostas por pessoas idosas. Pois não há incentivo, nem atrativo para que os jovens continuem a desenvolver o sonho idealizado por seus pais. Cerca de 100% dos assentamentos não disponibilizam áreas de lazer ou acesso a conhecimento. Na realidade a maioria não tem acesso à energia e água potável.
É salutar empreender este movimento. Mas, necessitamos democratizá-lo e envolver os diversos atores sociais que podem contribuir com este processo. Nosso Estado (entes federados) necessita apreender a escutar a sociedade. Qual o papel que entidades como a FETAG (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura), a APIR (Associação dos Povos indígenas), CIR (Conselho Indígena de Roraima), SODIUR dentre tantas outras irão desenvolver na constituição deste plano de desenvolvimento.
Nossos gestores municipais estão participando deste processo? É importante compreender que as pessoas vivem nas cidades – e não no Estado – desta forma é imprescindível a integração direta dos prefeitos e seus secretários nesta etapa política. A não ser que mais uma vez a proposta seja apenas uma peça política e não um plano para o desenvolvimento e consequente distribuição de renda.
Não podemos perpetuar políticas desconexas. Adianta destocar, arar, distribuir muda, se não conseguimos organizar uma assistência técnica compatível com as necessidades encontradas. Precisamos incorporar as gestões municipais no fortalecimento da assistência técnica.
A maior preocupação que me apetece é estarmos criando um monstro que não responde a realidade imposta pelo desenvolvimento e estejamos mais uma vez despejando dinheiro público pelo ralo. Erros como o que vislumbramos no zoneamento econômico-ecológico não é admissível. Campos Novos, vila, sediada em Iracema é hoje a segunda localidade em produção de banana. Porém, no zoneamento realizado não consta produção de banana nesta localidade. Precisamos responder as necessidades e as potencialidades fomentadas por este povo há anos desprotegido de ações políticas que vislumbrem sua melhoria de qualidade de vida e a distribuição de renda.
Pensar em desenvolvimento não é pensarmos apenas na disponibilidade de mão-de-obra. Necessária em qualquer processo de industrialização como o que pretendem implementar em Roraima. Mas é, diretamente obrigação construir um programa de investimento em ciência e tecnologia para construção de novas ferramentas que sustentem o processo de produção em toda sua cadeia. Acredito que a realização de audiências públicas pode impedir que as terras e as políticas de desenvolvimento sejam estruturadas para fortalecer apenas o agronegócio. A iniciativa está correta. Mas, o método de elaboração precisa ser democratizado. Bom dia. Um ano de transformações.

Transferência das Terras

A posse das terras sempre foi apresentada como um dos principais empecilhos ao desenvolvimento econômico do Estado de Roraima, pelos gestores públicos locais. Uma parte significativa do território foi repassada pelo governo Lula ao Estado, em processo desenvolvido e administrado pelo INCRA/RR.
Uma situação merece um olhar mais apurado da sociedade roraimense. A reforma agrária constitui-se como a principal saída financeira para milhares de famílias. Tanto o é que no Estado existem 51 assentamentos com cerca de 40 mil assentados.
Essa realidade em torno da democratização da terra foi possível em virtude da condução política encontrar-se em âmbito federal. Longe das influências de parlamentares e da burguesia roraimense. Desta forma os assentamentos foram sendo constituídos – muitos pela demanda do povo do que surgidos de uma ação organizada do INCRA/RR. Tendo esta instituição denominada reforma agrária, abraçado milhares de cidadãos excluídos do processo de sobrevivência baseado na cultura do contra cheque.
Essa situação pode ser modificada. É. Nossos cidadãos podem não possuir mais terras para serem assentados. Isso em virtude do INCRA/RR não ter destinado ou previsto a constituição de novos assentamentos ou ampliação dos já existentes, no processo de transferência das terras das glebas de Caracaraí e Cauamé, em fase de conclusão.
A situação preocupa grande parte do movimento dos trabalhadores e Trabalhadoras rurais do Estado. E com certeza não podemos descartar essa situação, pois, historicamente a terra sempre se constituiu como uma forma de dominação da classe exploradora desde a idade média – através do latifúndio. E continua servindo aos interesses e a sustentação política de vários grupos que representam uma oligarquia rural em nosso país e consequentemente em Roraima.
Portanto é necessário que essa situação não se repita nas glebas que ainda estão em processo de transferência. Devendo o INCRA/RR destinar reservas legais a futuros assentamentos, mesmo que seja através da ampliação dos assentamentos já existentes.
Na outra ponta da corda devemos pautar junto ao governo do Estado áreas destinadas à constituição de projetos de assentamento dentro das glebas já transferidas. Permitindo que o processo de democratização do acesso a terra seja contínuo em Roraima.
Não podemos na terra de Makunaí’ma permitir que erros cometidos em outros Estados brasileiros se repitam. Constituindo uma verdadeira disputa por acesso a terra. Precisamos urgentemente pautar a situação e apontar soluções. A terra é o principal meio de sobrevivência encontrado pelos brasileiros, além de garantir alimentos em nossas mesas da cidade. Pois, 80% da alimentação que chega aos nossos lares são oriundos da pequena propriedade e da agricultura familiar.Essa luta não é apenas dos trabalhadores e Trabalhadoras rurais. É uma luta da sociedade roraimense. Para que no futuro não lamentemos a falta de posicionamento político que pode resolver o problema garantindo um estado agrário mais coeso e responsável socialmente com o desenvolvimento da agricultura familiar.

Uma reforma política democrática

Pauta-se no congresso nacional e na sociedade brasileira um amplo debate em torno da reforma política que se arrasta no congresso desde a redemocratização do país. Reformar não devia ser o objetivo. Mas, sim, transformar. O cenário político brasileiro precisa ultrapassar as instâncias do modelo representativo. Daí a necessidade de revolucionarmos o processo político em nosso país.
Vivenciamos dois aspectos da estruturação política – pós ditadura – a democracia representativa – onde o povo ortoga o poder a outros cidadãos sejam eles parlamentares ou executivos. Na outra ponta temos a democracia participativa onde o povo participa diretamente do processo decisório.
Nesta lógica não podemos emaranhar-se apenas pelos caminhos da democracia representativa. Como o querem os grandes partidos. Mas dirigirmos um processo de reformulação do cotidiano político, através da ampla participação do povo brasileiro em questões fundamentais – como exemplo cito, os processos de privatização de serviços públicos – que devem ter a aprovação da cada cidadão.
Reformular é remendar uma situação que não está boa. Principalmente quando as propostas tendem a fortalecer meia dúzia de partidos. Desrespeitando o processo de organização de nosso povo.
A democracia participativa estrutura-se no Brasil através de ampla solidificação política. Estabelecida nos 30 partidos com registro no TSE. Agremiações estas que vão dos comunistas aos verdes. E essa realidade deve ser observada. Temos que transformar a realidade eleitoral? Devemos. Mas, garantindo a representatividade e organicidade que a sociedade brasileira estabeleceu.
Interferir no direito de coligações e constituir cláusulas de barreiras são ações que visam o fortalecimento político de alguns partidos e não o fortalecimento da democracia representativa. Enfim, os problemas dos pleitos eleitorais estão na interferência direta de forças econômicas na disputa política. Esse ponto necessita ser regulamentado, transformado, modificado.
Não podemos admitir que a vontade do eleitor seja alvejada desta forma. A representação é dada conforme o compromisso ideológico de cada eleitor. Sei que muitos podem acreditar no poder econômico como determinante – mas este só o é se nós cidadãos permitimos. No bojo do processo político o comprometimento ideológico determina as vitórias e as derrotas. Não sendo esta ideologia compreendida a estruturação do materialismo histórica. Ou seja, direita, esquerda, liberal, socialista. Mas, sim do processo de construção ideológica estabelecida pelas necessidades de cada um dos cidadãos que compõem nossa nação.
Debater o cenário político é definitivamente fortalecer a democracia participativa. Garantindo ao povo o direito de definir os temas complexos e relevantes ao projeto de nação que desejamos. Além de fortalecer os partidos políticos e a forma de organização estabelecida pela sociedade brasileira.
O maior problema encontrado não é a forma de escolha da democracia participativa. É sim as interferências do capital neste processo e a completa exclusão do povo brasileiro do processo de decisão.
È necessário que os partidos políticos e o mundo acadêmico fomentem debates que possam balizar este processo político no país. Para que no futuro as segregações e aniquilamentos não façam novamente parte da história de nossa nação.
Bom dia. Um ano de transformações.

O capitalismo sofre de males estruturais

Historicamente o capitalismo estrutura-se a partir da opressão da classe trabalhadora. A elite capitalista detém em grande parte do mundo não apenas os meios de produção. Detém o sistema como um todo, isso inclui as estruturas do Estado, que denominamos o Estado burguês.
A recente crise do capital, incrustada na economia norte-americana e dissipada pelas demais economias mundiais decretou que o sistema neoliberal, expressão maior do capitalismo desde a década de 1980, com Ronald Reagan, presidente dos Estados Unidos da América, levaram ao ápice os objetivos dos capitalistas.
Milhares de bilhões de dólares saíram do setor produtivo e passaram a gerar riqueza a partir do dinheiro. Essa formula do capital dinheiro gera dinheiro, não surge com o neoliberalismo, ela é inerente a consolidação do capitalismo, após as reformas burguesas do século XVIII.
Porém, uma das principais premissas da teoria capitalista é dinheiro gera mercadoria que gera dinheiro. O processo de acumulação perpassa pela exploração da classe trabalhadora, porém com certa distribuição do lucro. Lógico que mínimo, mas, repassado aos trabalhadores.
A partir da lógica neoliberal, reinante a partir de 1980, a lógica de produção perdeu espaço ao rentismo, a política dos banqueiros incentivou a cobiça dos capitalistas que passaram a aumentar suas fortunas cada vez mais a partir da opressão da classe trabalhadora, da desregulamentação do Estado, do desemprego e da fome e da desregulamentação dos direitos dos trabalhadores.
A crise iniciada em 2008 representa um novo momento político. E seus reflexos nas economias européias é a confirmação que a bolha dessa vez não será tão passageira, como das outras vezes. A Grécia simboliza os ditames econômicos de uma nação em onde a economia é dependente do governo Alemão. Este país se constitui como o principal credor da Grécia. Uma moratória dos gregos representaria um duro golpe num dos principais centros do capitalismo Europeu e do Mundo. Por isso a participação efetiva da Alemanha na busca de solucionar a situação, e manter as aparências do sistema, sob a espada, mais uma vez empunhada, para quilhotinar a cabeça dos trabalhadores.
Porém, os trabalhadores disseram não. A Grécia hoje simboliza a luta dos trabalhadores de todo o mundo contra os interesses rentistas e parasitários do capital financeiro internacional e as suas políticas neoliberais. A unidade do povo grego irradia a perspectiva da construção de novos tempos, principalmente através do acirramento da luta de classes.
O grande capital europeu quer imputar ao povo grego a conta da crise que ele mesmo criou. As privatizações, as ameaças de retrocesso, em especial ataques à seguridade social dos trabalhadores, as reduções de salários reais e as eufemísticas “flexibilizações” de direitos trabalhistas, fruto do pacote proposto pelo governo social-democrata grego (ratificado pela união europeia e pelo FMI), fizeram com que por toda a Grécia os trabalhadores se levantassem numa combativa jornada. A Grécia é a mais nova vitima da crise do capitalismo e da atual ordem imperialista. Esta crise ensina aos trabalhadores de todo o mundo que sob este regime, os trabalhadores e o povo em geral nada podem esperar se não mais miséria e desesperança. Desta forma a unidade da classe trabalhadora internacional é importante para consolidarmos mudanças concretas rumo à construção de um novo mundo.

A culpa é da pulseira?

No último dia 27/04/2010, nossa câmara de vereadores, num amplo resgate da dignidade da família e dos seres humanos aprovaram que é “proibido” o uso de pulseira ou sua comercialização, a famosa e midiática “pulseira do sexo”.
Inicialmente devemos ter duas questões a serem debatidas. Qual a concretude de uma Lei que busca proibir algo? E atacamos realmente o problema?
Acredito que infelizmente o caso das “pulseiras do sexo” conquistou um espaço midiático maior do que o necessário, porém, medidas educativas devem ser tomadas a fim de esclarecer as conseqüências não do uso da pulseira, mas do sexo durante a adolescência.
As “pulseiras do sexo” apenas representam um comportamento social de nossos jovens. Infelizmente quem faz sexo, dar um beijo, dar um amasso. Bem! Não sei dos outros ícones atribuídos as ditas pulseiras? Não são estas últimas, mas, sim nossos jovens o foco real do problema. Pois, a partir de uma vida sexual ativa, no início da adolescência, é que observamos o aumento da prostituição infanto-juvenil, dos casos de pedofilia, da exposição do corpo da mulher e do homem.
O problema correlaciona-se com parâmetros sociais aceitáveis. As TV’s vendem sexo. Os filmes americanos vendem sexo e violência. As revistas vendem o corpo. As escolas transformaram-se em ambientes de namoro.
Onde nasci falava-se que havia tirado um “sarro” com a garota, foi amasso, hoje é ficar. A maioria das escolas não possuem limites para controlar a efervescência hormonal de nossos jovens, permitindo cenas absurdas ao ambiente, mais aceitáveis por exemplo na “magnífica novela malhação”.
Acesso indiscriminado a rede mundial de computadores. Com jovens e crianças até altas horas com suas mentes voltadas ao consumo, de coisas boas e ruins, fornecido pela internet. Nossas músicas “falam da calcinha”, “comer a safadinha”, “chupa que é de uva”, “a carapanã só que pica pra chupar”, “esfrega que ele sobe”, “a mulher safada que só quer...”. Enfim essa cultura vulgar, comercial, de baixo nível intelectual que nossas crianças e jovens consomem todos os dias. E a culpa é das pulseiras?
Podemos citar também o envolvimento cada vez mais cedo com drogas e álcool. É. Nossa futura geração a cada ano dedica-se ao consumo de drogas, cada vez mais alucinógenas e de baixa qualidade, e as bebidas. Essa é uma realidade. E a culpa é das pulseiras?
Lembro-me quando estourou o escândalo do “mensalão”. Pensei que finalmente a “sociedade” teria condições de enfrentar este dilema secular da corrupção dentro do parlamento capitalista brasileiro. Enfim encontramos alguns culpados e não buscamos solucionar o problema.
Nossos jovens iniciam uma demonstração explicita que estão cada vez mais cedo praticando sexo. E ao invés de tratarmos a situação com a relevância que merece. Culpamos as pulseiras. O mais rápido nossa juventude idealizará novos métodos para demonstrarem seus desejos carnais aos outros.
Uma pergunta me incomoda. Como foi definida a “pulseira do sexo” na Lei? E se ao invés de pulseiras nossas meninas começarem a usar “chuquinhas de cabelo”, “roupas de determinado estilo”, “determinadas cores de batom”, ou “simplesmente expressarem verbalmente seus desejos”. Vamos proibir também?
A proibição é um ato de uma estrutura falida, quando não encontra mais medidas para conter uma situação real e que incomoda os preceitos sociais de convivência. Acredito que a medida é apenas uma peça política que busca render dividendos políticos a algumas pessoas. Mas, na prática não procura olhar o problema para diminuirmos suas conseqüências sociais, em Roraima, conhecemos bem essa situação com adolescentes, em grande número, mães ou com doenças sexualmente transmissíveis. Espero francamente que os lares passem a ver a cultura do corpo e do sexo, como um problema social que nossas crianças e jovens enfrentam em nossos dias. Unindo forças as famílias, as escolas e a sociedade em geral na busca de conhecimentos que possibilitem uma vida saudável e uma orientação sexual que promova a mudança dos atuais hábitos vigentes e aceitos pela sociedade capitalista. Bom dia.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O apoio do PC do B a Dilma

O Brasil enfrentará em 2010 uma eleição histórica. Teremos em disputa não interesses partidários de poder. Mas, o eleitor brasileiro poderá acompanhar a disputa de dois modelos de Brasil.
O primeiro Brasil, representado por Serra, caminhará na contramão da história. Defendendo o Estado Minímo, a privatização de empresas para desonerar o poder público, a terceirização de serviços essenciais, a submissão política aos interesses americanos. E como sustentou no discusso do lançamento de sua candidatura um Brasil sem classes sociais. Ou seja um Brasil onde ricos e pobres estão no mesmo patamar de união para construir um país mínimo e forte para os grandes grupos internacionais.
O segundo modelo de Brasil, representado por Dilma, buscará o aprofundamento dos investimentos na infra-estrutura do país, na diminuição das desigualdades sociais e financeiras que nós brasileiros e brasileiras trabalhadores enfrentamos. O fortalecimento do Estado também deve ser observado como fator essencial a manutenção da saúde financeira do país. Um Estado fraco levará com certeza o nosso povo a penuária e as hostes do FMI, fosso do qual saímos durante o governo Lula.
Acredito que o próximo mandato das forças progressistas, em aliança com setores de centro e de centro direita de nosso país, não deve ser observado como a continuidade de um governo existoso, como foi o de Lula, mas, consolidar-se como um governo de aprofundamento das garantias sociais e constitucionais do povo brasileiro. pautado na distribuição de renda, no acesso a serviços de saúde educação, na efetivação do fim das desigualdades regionais, no enfrentamento dos latifúndios com uma proposta real de efetivação da reforma agrária e uma política de preservação do meio ambiente que possa casar o desenvolvimento econômico com a preservação da natureza e de reservas estratégicas as gerações futuras.
Enfim o Brasil terá a oportunidade de retroagir ou avançar. Acertadamente o PC do B optou pela política mais coerente e adiantada que foi a efetivação de uma aliança política com a candidata do PT, para enfrentar as eleites burguesas que almejam retomar o poder central de nosso país. Mas, a aliança dos comunistas pauta-se a partir do conteúdo do novo programa do partido e do plano nacional de desenvolvimento, aprovado no último congresso dos comunistas.
Importante para esta segunda fase da presença das forças progressistas a frente do governo central do Brasil, será a elição de parlamentares federais e senadores da base de apoio a futura presidente, evitando assim o processo de chantagem parlamentar que muitos de nossos governantes são obrigados a conviver.
O Brasil tem rumo. O rumo deve ser mantido em 03 de outubro de 2010.

36 anos do último Golpe de Estado

36 anos passados. O que ficou para nós brasileiros e brasileiras, do último golpe de Estado a qual fomos submetidos? Último porque sofremos outras intervenções que buscaram garantir os interesses da classe dominante. Ou 15 de novembro não foi um Golpe? Ou Getúlio não deu um Golpe? Ou o congresso em 1984 não deu um Golpe?
Enfim, a recente história da República, de nosso país, é marcada diretamente pela intervenção da força, buscando a todo custo manter os interesses oligárquicos e da classe dominante. Ora com os representantes do latifúndio e produtores de larga escala. Ora com os industriais, comerciantes e representantes do latifúndio. Ora uma conjugação de interesses que buscam impedir que as mudanças necessárias sejam efetivadas em nosso país.
Março de 64 representou um duro golpe na sociedade brasileira. Em virtude de impedir que reformas importantes naquele período fossem efetuadas. Mudanças que significavam a democratização da terra, distribuição de renda, efetivação de uma democracia participativa, desoneração da classe trabalhadora.
Mas esse processo efetivou-se por interesse do político “A” ou “B”? Não. O momento conjuntural apresentava um movimento dos trabalhadores rurais e da cidade fortes. Marchando ao lado de movimentos (podemos citar o feminista) que interferiam diretamente na conjuntura política. Além da organização combativa que se esboçava nos escalões menos graduados de alguns segmentos das forças armadas.
A sociedade brasileira estava em ebulição. Os jovens na rua reivindicavam mais espaço político e sua inserção social, lutando por direitos históricos como a democratização do ensino superior, privilegiando diretamente os trabalhadores, ou melhor, seus filhos.
A disputa política ideológica. Socialismo ou Capitalismo? Frequentava todos os ambientes da sociedade. Mas apesar de naquele momento não termos um governo socialista ou que levasse o Brasil a ruptura com esse sistema explorador que é o capitalismo, arquitetou-se o Golpe. Que a exemplo de 15 de novembro foi mais uma passeata orquestrada por Minas Gerais e São Paulo, com apoio das elites políticas e financeiras.
Portanto o golpe foi dado contra a sociedade brasileira. Limitando avanços significativos para o país, principalmente para a classe trabalhadora. Muitos foram os trabalhadores que resistiram à situação. Muitos pagaram com as próprias vidas para terem um país sem o julgo das baionetas e a mordaça na boca.
Conquistamos este país a partir de 1986. Agora é preciso que a massa de trabalhadores possa dizer e traçar os rumos que queremos seguir. Rumos estes que devem diretamente estar interligado ao fortalecimento da classe trabalhadora, tanto nos seus interesses imediatos quanto na perspectiva política, com a real participação dos trabalhadores nas estruturas de poder.
Neste momento que relembramos essa triste página da história de nosso país. Devemos ter consciência do caminho que queremos traçar para garantirmos aos nossos filhos e gerações futuras um Brasil realmente democrático, com distribuição de renda e terra, justa aos seus membros, com a desoneração dos impostos a classe trabalhadora. Um Brasil Socialista onde o fim principal do exercício do poder seja garantir uma vida digna a cada um dos cidadãos e cidadãs que ajudam a construir nosso Brasil.
Mas, nós trabalhadores precisamos avançar e começar a reivindicar nossa fatia, nosso pedaço, nosso direito de usufruir da riqueza que geramos e infelizmente é absorvida por pouquíssimos usurpadores. A corrente da maré e os ventos apontam para transformações, porém só conseguiremos alcançá-las quando acreditarmos, que, somos nós unidos, os únicos a dizerem o caminho que queremos seguir.
O principal legado que podemos obter, do triste dia 31 de março de 1964, é a possibilidade de unidos podermos desenhar um futuro mais justo. Onde a vida de cada brasileiro e brasileira seja o real objetivo do funcionamento do Estado Brasileiro. Bom Dia.

segunda-feira, 8 de março de 2010

MULHERES

BELAS E VERDADEIRAS
LUTADORAS DESTE MUNDO
NÃO QUEREM SÓ AS BEIRAS
RELEGADAS PELO CAPITALISMO.
NECESSITAM SER RCONHECIDAS
VISTAS E OBSERVADAS
NESTA CONJUNTURA PATRIARCAL.
DESEJAM HÁ SÉCULOS
SUPERAR A OPRESSÃO
CONQUISTAM VITÓRIAS
LIMITADAS PELO BASTÃO
DOS HOMENS SEM EMOÇÃO
E VISÃO.
ASSIM PASSAM OS ANOS
E O MOVIMENTO DA HISTÓRIA
CAMINHA.
NO RUMO DA RUPTURA
DAS ESTRUTURAS ILUSÓRIAS
JUNTAS CONQUISTARÃO
NÃO APENAS O RESPEITO
MAS TAMBÉM UM NOVO MUNDO
ONDE O OLHAR SERÁ OUTRO
POIS O CUIDADO COM O OUTRO
ESTARÁ EM PRIMEIRO LUGAR.
VIVA AS MULHERES.

Eleições 2010

As eleições de 2010, em Roraima, representarão um crescimento de forças políticas alijadas de representações. Poderiamos avançar mais, porém, falta-nos caminhar ainda por entre escombros que dificultam a percepção dos aliados.
Infelizmente ainda não será em 2010 que constituiremos uma grande frente política contra as oligarquias políticas de nosso Estado. Muito em virtude da deficiência programática e organizativa dos partidos de centro esquerda que continuam a margem das disputas.
Mas, candidaturas progressistas ao senado e a assembleia legislativa marcarão um novo momento da história política do Estado de Roraima. Nestas eleições grandes temas locais deverão pautar os debates em torno de políticas concretas de desenvolvimento econômico com geração e distribuição de renda.
Nesta ótica alguns fatores necessitam ser pautados. 1 - a organização de nosso setor primário; 2 - consolidação de uma rede de educação, priorizando a constituição de escolas integrais; 3 - descentralização dos serviços de saúde, principalmente os serviços de média complexidade; 4 - fortalecimento e consolidação dos 54 assentamentos da reforma agrária; 5 - fim dos contratos precários no âmbito da administração pública; 6 valorização do respeito das diversidades; 7 - Fortalecimento das comunidades indígenas; 8 - desenvolvimento de uma pólitica de turismo; 9 - Fortalecimento da rede de serviços, através da constituição de cooperativas de trabalhadores e trabalhadoras.
Enfim as eleições de 2010 não podem ser pautadas pelos milhões ilusórios dos candidatos a reeleição. Devemos buscar a constituição de um programa de governo que busque resolver os problemas crônicos que impelem nosso Estado a viver uma situação de extrema desigualdade, njos diversos âmbitos que definem o desenvolvimento humano.
Outro tema bastante importante para os debates diz respeito ao meio ambiente. Como preservaremos recursos as gerações futuras desenvolvendo a região e gerando renda. Assim esperamos que possamos começar a construir uma sociedade mais justa. O tempo não é o limite mais o desejo da sociedade em construir um novo modelo. Onde o cidadão seja centro de todas as ações públicas a serem desenvolvidas.

CARTA ABERTA AO POVO RORAIMENSE

A crise brasileira provocada pelos Estados Unidos da América atingiu toda economia globalizada, levando alguns países que tinham uma estrutura estabilizada a promover sérios ajustes na sua política financeira.
Os governos tiveram que adotar determinados procedimentos administrativos, interferindo direto nas indústrias e, principalmente, no setor financeiro, com a liberação de recursos, visando o saneamento de alguns bancos, e, com isso, o possível fechamento das instituições, evitando um colapso da economia globalizada.
O Brasil atravessa um momento favorável em sua economia, atingindo diversos índices, com superávit na balança comercial, cumprindo as metas estabelecidas pelo Banco Central, tudo dentro de uma política macro-econômica heterodoxa, exercida pelo Governo Lula, onde figura principalmente a política de superávit primário como principal inibidor do desenvolvimento do país.
Em Roraima, a crise começa a apresentar os seus efeitos no início do ano. O Estado possui um ínfimo setor industrial, onde a geração de empregos é proveniente dos entes públicos, Governo do Estado e Prefeituras, e, que, a redução de alguns impostos, interferiu diretamente nos repasses dos Fundos de Participações dos estados e Municípios – FPE e FPM, acelerando a crise na nossa região.
Temos que urgentemente, desenvolver políticas públicas, visando à independência econômica do estado, onde o FPE e FPM sejam complementos financeiros ao orçamento estatal.
Dois caminhos são viáveis em médio prazo: 1) Devemos desenvolver nossa economia primária, principalmente, o setor de produção de alimentos, para ter como política de estado sua exportação, dando ênfase na agricultura familiar; 2) Fortalecer o setor de serviços, com uma visão estratégica de investimentos no turismo ecológico e rural, fonte geradora de emprego e renda.
Porém para alcançarmos o sucesso esperado na geração de emprego e consequente distribuição de renda, em Roraima, é necessário estabelecer um amplo debate na sociedade que forcem a reorganização de nosso Estado, sendo:
a) Elaborar projetos para melhoria do setor energético, atingindo todas as localidades produtoras, estabelecendo uma matriz energética confiável para todo o estado. Só assim passaremos a promover a industrialização do Estado de Roraima;
b) A confusão entre público e privado no ambiente de formulação das nossas políticas e administrações públicas leva a uma estrutura de corrupção que inibe nosso desenvolvimento.
c) Democratizar a gestão dos governos e formular uma política de Estado de fortalecimento da educação e da saúde. Acreditamos que podemos construir um Estado mais justo e igualitário. Onde o cidadão e sua qualidade de vida seja a prioridade da sociedade roraimense.

Luz para Todos

O “Luz para Todos” é um programa do governo federal que objetiva em 10 anos reduzir a demanda por energia elétrica no país. Eletricidade era tratada antes do governo Lula como uma prioridade dos moradores de centros urbanos.
Os brasileiros e brasileiras que moravam distantes desses centros necessitavam improvisar para ter acesso a esse serviço que surgiu nos primórdios das cidades-estados, certo que com outras fontes de energia. Hoje a eletricidade é uma realidade em muitas localidades brasileiras, seja região de produção de alimentos, comunidades indígenas ou quilombolas. Até os ribeirinhos usufruem o direito a ter luz.
Podemos imaginar que a eletricidade possa ser um luxo. Mas, ela garante o direito à conservação de alimentos e acesso a informação, mas, principalmente nas áreas de produção de alimentos significa o melhor desenvolvimento da agricultura, principalmente quando falamos de assentados da reforma agrária.
A execução, do programa, dar-se através da descentralização de recursos do governo Federal as empresas de energia estaduais ou aos governos dos outros entes federados.
Estrategicamente em Roraima, a democratização do acesso a energia seria a garantia do desenvolvimento de nossa agricultura, com os produtores podendo implantar sistemas de irrigação e processos de conservação e beneficiamento de alimentos. Mas, a história mais uma vez se repetiu. O dinheiro foi gasto. O governo do Estado teve que devolver cerca de 11 milhões aos cofres da união. E a Luz? Não chegou! Demonstrando que o discurso de desenvolvimento são apenas palavras jogadas ao vento para buscar ludibriar os roraimenses.
Infelizmente com ajuda da bancada federal o governo conseguiu firmar um novo convênio do programa. Mesmo em desacordo das lideranças dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que lutavam para que a execução do “Luz para Todos” fosse transferida para Eletronorte. A esperança é que a luz torna-se realidade e não continuasse sendo um sonho ou pesadelo.
Mais alguns milhões serão creditados para a melhoria da infra-estrutura do Estado e melhoria da qualidade de vida dos roraimenses que vivem em nossa área rural.
Esperamos que desta vez o plano de trabalho acordado seja executado. E as centenas de Josés, Raimundas, Joãos e Marias que residem em nossas vicinais possam ter acesso a energia elétrica e não sejam obrigadas a ver suas bombas de irrigação, geladeiras, televisões depositadas num canto de suas casas, sem utilidade. Pois quando os postes passam o transformador vira mercadoria para compra de voto e quando não passam a promessa de um programa estruturante de nossa infra-estrutura versa como as promessas de emprego em época de campanha.Este Governo necessita compreender que energia elétrica é um passo essencial para podermos iniciar uma proposta de desenvolvimento sustentado em nosso Estado e para transformação do processo de exclusão que vive parte de nossa sociedade. Bom dia.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Reforma Agrária ou Colonização

Uma das principais discussões que se efetiva na região norte do Brasil, principalmente em Roraima, é: Temos um processo de reforma agrária aqui? Com diminuição dos latifundios ou apenas ocupamos as terras devolutas do Estado.
Acredito que a segunda opção é a mais adequada. Porém os cerca d 40 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais do Estado de Roraima enfentam situações as mais diversas desde a falta de estradas (em assentamentos com mais de 8 anos) até o não pagamento dos créditos voltados ao assentado ao chegar ao seu lote (crédito apoio, alimentação e moradia).
Os diversos problemas na área de saúde, educação e lazer são reflexos de uma política desarticuada entre o governo federal e os governos estadual e municipal, levando a estes cidadões brasileiros amargarem o total descaso e abandono por parte do Estado brasileiro.
A situação mais esdrúxula é o não pagamento dos créditos, por parte do INCRA, essa situação é uma rotina da realidade dos assentados e assentadas de Roraima, fruto da inoperância crônica de um órgão fadado a ver o pequeno agricultor como um estorvo, sendo-lhe dado as migalhas e a atenção devida a sua posição de exclusão social.
Essa situação leva famílias que produzem a 5, 6, 7 anos não terem acesso as linhas de crédito do PRONAF (programa de financiamento da agricultura familiar fortalecido consideravelmente no Governo Lula, os recursos subiram de 2 milhões em 2002 para 15 milhões a partir de 2004), prejudicando consideravelmente o desenvolvimento da agricultura, a geração de renda e conseguentemente sua distribuição.
Enquanto o trabalhador e trabalhadora rural amarga essa situação, é obrigado a ver um governo do Estado omisso as necessidades destes brasileiros, não definindo uma política de valorização e fortalecimento do pequeno agricultor, volta especificamente sua plataforma de atuação em dois programas: o prócusteio (R$ 500,00 distribuidos em duas parcelas ao ano ao agricultor (a); e o destocamento e aradação de 2 ha de terra para familias que não possuem energia, sementes e sistemas de irrigação para produção.
Enfim a agricultura do Estado de Roraima necessita urgentemente ser debatida. Tendo como foco a organização de uma parte do nosso setor primário que pode ser responsável por um crescimento importante de nosso PIB, através da comercialização de alimentos, tanto internamente como aos centros populacionais de Manaus, Caracas e Georgetwon.
Portanto dbater a agricultura é acreditar que nossos assentamentos são peças chaves ao desenvolvimento do Estado.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Socialismo é o rumo

Na semana em que a imprensa burguesa enaltecia a queda do muro de Berlim, no ano de 1989, pregando que o socialismo havia acabado, e, a única solução aos cidadãos do mundo é adéqua-se, ao sistema de exploração e massacre, o capitalismo.
O Partido Comunista do Brasil, PC do B, realizou seu 12º congresso, defendendo que o rumo do país é o socialismo. Um socialismo renovado, democrático que pode aprender com os erros e acertos cometidos por outras nações. Mas, principalmente, um socialismo dos brasileiros para os brasileiros. Sem perder o caráter internacionalista da foice e do martelo.
Esse novo patamar civilizacional pode concretizar as potencialidades da nação, defendê-la com firmeza da ganância estrangeira e garantir ao povo, seu grande construtor o direito a uma vida digna e feliz. Superando os cinco séculos que geraram uma série de problemas que a atual geração está chamada a solucionar.
O caminho é expresso em um novo programa partidário (disponível no endereço eletrônico (www.vermelho.org.br) que supera os limites de programas anteriores. Onde propúnhamos o Estado Socialista em seu conjunto, sem definimos o caminho necessário para alcançá-lo. O novo programa apresenta o caminho necessário à conquista de um Estado Socialista, no Brasil.
Esse percurso é apresentado através da consolidação de várias plataformas expressas em um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento, podemos destacar: 1) Defender a nação contra as investidas do imperialismo; 2) Superar o controle dos ciclos financeiros, estabelecendo um Estado democrático, inovador que garanta ampla liberdade para o povo e sua participação na gestão do Estado; 3) Liberar-se da dependência econômica, científica e tecnológica, suplantando a estrutura de produção centrada em produtos primários e a elevada concentração da renda e do patrimônio; 4) superar os limites da propriedade latifundiária improdutiva, efetivando uma ampla reforma agrária; 5) valorização do trabalho; 6) combater todas as formas de discriminação, garantindo atenção especial aos portadores de deficiência; 7) superar as desigualdades regionais; 8) superar as barreiras para emancipação das mulheres; 9) superar a degradação ambiental imposta a nossa nação; 10) garantir acesso a uma política cultural e de comunicação que supere os monopólios midiáticos, da indústria cultural, estrangeiros e locais; 11) aprofundar a integração sul-americana, latino-americana e com regiões da periferia do sistema atual.
Portanto o PC do B avança na construção do socialismo, compreendendo nosso tempo e nossa história. As propostas apresentadas acima visão superar os principais desafios da contemporaneidade brasileira. As quais impõem a nação um papel servil do capital internacional e das forças político/militares hegemônicas. Essa situação começou a ser mudada com a ascensão a cena central da política de forças de esquerda e de centro esquerda. Porém precisamos consolidar nos próximos anos o caminho que começamos a trilhar.
Essa consolidação perpassa por: uma reforma política ampla, democrática que deve assegurar o pluralismo partidário; reforma dos meios de comunicação de massa, estabelecendo um novo marco regulatório que preconize o controle social e a democratização do rádio e televisão; consolidação de um sistema nacional de educação priorizando a escola pública e gratuita, garantindo sua qualidade e seu caráter científico, crítico e laico; reforma tributária progressiva que tribute as fortunas, riquezas e rendas elevadas, além de constituir uma tributação especial ao rentismo e a especulação.
A consolidação de um processo de reforma agrária, focando a eliminação da grande propriedade rural improdutiva e as terras devolutas do Estado; uma reforma urbana que garanta ao povo a moradia, com os serviços de infraestrutura necessários; fortalecimento do sistema único de saúde; fortalecimento e ampliação da seguridade social, além da saúde o Estado deve assegurar a prestação universal e de qualidade de serviços públicos e direitos concernentes à previdência e a assistência social; fortalecimento da segurança focado numa política nacional calcada pelo direito fundamental do cidadão a uma vida com paz e segurança.
Mas, esses avanços que podem conter e contrapor-se aos obstáculos políticos e econômicos impostos por uma elite conservadora, abrindo caminho ao novo ciclo civilizacional do país e ao socialismo, só são passíveis de vitória, com a união da classe trabalhadora e das forças progressistas do nosso imenso Brasil. O socialismo vive e pulsa nas veias de cada cidadão que não admite o processo de exclusão, flagelo e abandono a que os brasileiros foram submetidos. Um novo tempo é possível. Um novo mundo é viável. Bom Dia.