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quarta-feira, 14 de abril de 2010

36 anos do último Golpe de Estado

36 anos passados. O que ficou para nós brasileiros e brasileiras, do último golpe de Estado a qual fomos submetidos? Último porque sofremos outras intervenções que buscaram garantir os interesses da classe dominante. Ou 15 de novembro não foi um Golpe? Ou Getúlio não deu um Golpe? Ou o congresso em 1984 não deu um Golpe?
Enfim, a recente história da República, de nosso país, é marcada diretamente pela intervenção da força, buscando a todo custo manter os interesses oligárquicos e da classe dominante. Ora com os representantes do latifúndio e produtores de larga escala. Ora com os industriais, comerciantes e representantes do latifúndio. Ora uma conjugação de interesses que buscam impedir que as mudanças necessárias sejam efetivadas em nosso país.
Março de 64 representou um duro golpe na sociedade brasileira. Em virtude de impedir que reformas importantes naquele período fossem efetuadas. Mudanças que significavam a democratização da terra, distribuição de renda, efetivação de uma democracia participativa, desoneração da classe trabalhadora.
Mas esse processo efetivou-se por interesse do político “A” ou “B”? Não. O momento conjuntural apresentava um movimento dos trabalhadores rurais e da cidade fortes. Marchando ao lado de movimentos (podemos citar o feminista) que interferiam diretamente na conjuntura política. Além da organização combativa que se esboçava nos escalões menos graduados de alguns segmentos das forças armadas.
A sociedade brasileira estava em ebulição. Os jovens na rua reivindicavam mais espaço político e sua inserção social, lutando por direitos históricos como a democratização do ensino superior, privilegiando diretamente os trabalhadores, ou melhor, seus filhos.
A disputa política ideológica. Socialismo ou Capitalismo? Frequentava todos os ambientes da sociedade. Mas apesar de naquele momento não termos um governo socialista ou que levasse o Brasil a ruptura com esse sistema explorador que é o capitalismo, arquitetou-se o Golpe. Que a exemplo de 15 de novembro foi mais uma passeata orquestrada por Minas Gerais e São Paulo, com apoio das elites políticas e financeiras.
Portanto o golpe foi dado contra a sociedade brasileira. Limitando avanços significativos para o país, principalmente para a classe trabalhadora. Muitos foram os trabalhadores que resistiram à situação. Muitos pagaram com as próprias vidas para terem um país sem o julgo das baionetas e a mordaça na boca.
Conquistamos este país a partir de 1986. Agora é preciso que a massa de trabalhadores possa dizer e traçar os rumos que queremos seguir. Rumos estes que devem diretamente estar interligado ao fortalecimento da classe trabalhadora, tanto nos seus interesses imediatos quanto na perspectiva política, com a real participação dos trabalhadores nas estruturas de poder.
Neste momento que relembramos essa triste página da história de nosso país. Devemos ter consciência do caminho que queremos traçar para garantirmos aos nossos filhos e gerações futuras um Brasil realmente democrático, com distribuição de renda e terra, justa aos seus membros, com a desoneração dos impostos a classe trabalhadora. Um Brasil Socialista onde o fim principal do exercício do poder seja garantir uma vida digna a cada um dos cidadãos e cidadãs que ajudam a construir nosso Brasil.
Mas, nós trabalhadores precisamos avançar e começar a reivindicar nossa fatia, nosso pedaço, nosso direito de usufruir da riqueza que geramos e infelizmente é absorvida por pouquíssimos usurpadores. A corrente da maré e os ventos apontam para transformações, porém só conseguiremos alcançá-las quando acreditarmos, que, somos nós unidos, os únicos a dizerem o caminho que queremos seguir.
O principal legado que podemos obter, do triste dia 31 de março de 1964, é a possibilidade de unidos podermos desenhar um futuro mais justo. Onde a vida de cada brasileiro e brasileira seja o real objetivo do funcionamento do Estado Brasileiro. Bom Dia.

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