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terça-feira, 15 de março de 2011

Saúde na Capital!

Infelizmente não escutei a entrevista de nossos gestores da saúde de Boa Vista. Pelo que a matéria publicada neste jornal expôs, cara Marília, vocês possuem um grande problema de pessoal (os números são assustadores). A situação é crítica, pois, quando os principais gestores da pasta preocupam-se com a lotação de pessoal, devemos acreditar que a folha extrapolou, ou os administradores, de níveis inferiores, não possuem autoridade de gerenciar o pessoal de sua área.
O problema da saúde pública em Roraima? Não é falta de dinheiro! Não é falta de profissionais qualificados! Não é falta de estrutura! É falta de gestão. É a corrupção desenfreada. É a falta de pactuação bipartite das ações. É falta de recursos concretos do Governo Estadual à atenção básica. É a falta da interiorização dos serviços de média complexidade. É a falta de compromisso com a qualidade de vida de nosso povo.
Hilário, minha querida Marília, vê-la hoje, cobrando que o Governo do Estado financie o Hospital Santo Antônio. Lembra-te do final da década do século passado. Quando assumiste a posição de querer levar Boa Vista a plena do sistema, sem termos uma rede de atenção básica consolidada. Seu falecido pai era Prefeito da capital, seu aliado atual a Governo (que privatizou a gestão estadual da saúde com a coperpai, neste período histórico) era Governador. E sua posição foi construir o Santo Antônio elevando Boa Vista a uma condição de gestão do SUS, a qual não estava, e não estamos preparados.
Desta forma acredito que o melhor caminho a gestão da saúde, de Boa Vista, será repassar a gestão do Santo Antônio ao Governo do Estado, respondendo este pelos procedimentos de alta complexidade. Assumindo Boa Vista a organização efetiva da atenção básica (onde resolvemos cerca de 80% dos agravos que acometem a população, sem onerar os demais elos do sistema), com estrutura adequada de atendimento, intercalando o saúde da família (política essencial), com unidades de atendimento de atenção básica que funcionem 24h. É só, dividi-se, a cidade, em distritos sanitários.
Outro passo importante é organizar a rede de média complexidade. Não se pode continuar com o pacto da mediocridade, onde, reservou-se o “nicho” da média complexidade a empreendimentos privados. O município deve disponibilizar policlínicas, abertas 24h, para realizar procedimentos de média complexidade, garantindo acesso da população a consultas e serviços essenciais à recuperação da saúde.
Agora, nada disso acontecerá enquanto a saúde pública continuar sendo o espaço adequado para empregar pessoas e organizar serviços vislumbrando os processos eleitorais. Saúde Pública é um direito constitucional de nossas cidadãs e cidadãos. Deve ser trabalhada como uma política de Estado. E não como um programa governamental que muda ao interesse de cada administrador que ascende ao poder de Secretário. Um Bom dia. Um abraço carinhoso em todas as mulheres roraimenses pelo mês que comemora a luta emancipadora desta importante parcela do nosso povo.

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